Coluna Primeira Mão

JB presente

Hoje com 76 anos, mas estará com 78 anos em 2022, quando ocorrem disputas eleitorais para deputado estadual, deputado federal, governador, senador e presidente da república, o ex-governador Jackson Barreto (MDB), talvez para não ser esquecido, de vez em quando se expõe publicamente e dirige as suas provocações às forças políticas conservadoras de Sergipe. Já insinuou que será candidato em 2022. Já deu a entender que deixará o MDB e se filiará ao PDT e os amigos não apostam nessas possibilidades. Eles acham que a carreira política de JB, que foi vereador por Aracaju, deputado estadual, prefeito de Aracaju, deputado federal e governador de Sergipe, acabou. A coluna também pensa assim. Mas há quem garanta que JB seguirá na contramão do tempo, atropelará a idade e estará no horário eleitoral gratuito pedindo voto para os seus candidatos preferidos. Não se ausentará.

Sem arrego

Lembra daquele pessoal que ia sempre no final de mês para a Assembleia Legislativa de Sergipe pedir um dinheirinho aos deputados para pagamento de suas contas de água, luz e comprar gás de cozinha? Está todo mundo desabracatado da vida. Por causa da pandemia do coronavírus, o acesso às dependências da Casa estão restritas aos funcionários e àqueles deputados que compõem a mesa diretora. A galera do “me dá um dinheiro aí” teve que pedir ajuda em outras bandas da capital sergipana.

Pedidos via zap

A coluna manteve contatos com políticos e tomou conhecimento de que os “pedintes” andam contactando-os via zap. “Os apelos para que paguemos as cintas continua mesmo nos tempos da pandemia. Não dá para escapar. O pessoal, quando tem uma receita para despachar e contas para pagar, manda um zap e combina local e hora para pegar a grana. Ninguém esqueceu, não”, comentou um ex-deputado e que continua na militância política. Dois parlamentares estaduais confirmaram.

Novo auxílio

“É prioridade para o PT a volta do auxílio emergencial de R$600 para os brasileiros imediatamente. E que o assunto seja tratado sem condicionantes. Apresentamos uma emenda inclusive com alternativas de financiamento ao governo para não haver desculpas de não ter dinheiro para isso”, postou ontem o senador Rogério Carvalho.

Fim do Auxílio

A procura pela inclusão das famílias aracajuanas no Cadastro Único (CadÚnico) aumentou nos Centros de Referência da Assistência Social (Cras) geridos pela Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Assistência Social, após o fim do pagamento da última parcela do Auxílio Emergencial, em dezembro de 2020. No mês de janeiro deste ano, 937 famílias foram incluídas no CadÚnico, que permite o acesso, considerando os critérios estabelecidos, a programas sociais como o Bolsa Família, Identidade Jovem (ID Jovem), Benefício de Prestação Continuada (BPC), Tarifa Social, dentre outros.

Péssimo exemplo

Do medico cardiologista José Carlos Santana, a coluna recebeu a seguinte mensagem:

“Tenho ouvido DIVERSOS e horripilantes depoimentos de pacientes que ficam assustados ao adentrarem nas recepções e salas de espera de hospitais, clínicas e consultórios médicos de nossa cidade pelo total e inacreditável descumprimento das regras elementares de distanciamento, falta ou desrespeito aos agendamentos etc., um paradoxo frente aos tão recomendadas, pelos próprios profissionais, conselhos para se evitar as aglomerações. Vejo na TV as equipes da vigilância sanitária visitando alguns poucos bares e restaurantes, sempre com algum repórter para fazer os registros do “mostrar serviço”. As entidades médicas que financiamos precisam, também, “mostrar serviço” e coibir essas ridículas e cavilosas infrações”.

Cadê?

Que fim levaram os dois fingers que a Infraero adquiriu para instalar no aeroporto de Aracaju?

Infectados

Foi noticiado essa semana que nove jogadores do Sergipe foram contaminados pelo coronavírus. Os clubes sergipanos e brasileiros precisam tomar mais cuidados com esses atletas que trabalham demais para propiciar lazer aos torcedores do país. Nove é um número muito alto. Sem ser categórica, essa coluna pensa que pode ter sido negligência por parte dos diretores do clube de futebol.

Na defensiva

Em emissoras de rádio de Aracaju, políticos e radialistas têm defendido o deputado federal Daniel Silveira por suas agressões e ameaças aos membros do Supremo Tribunal Federal. O que falou nada tem nada a ver com o exercício de seu mandato. Imagine um deputado estadual fazendo o mesmo com o Tribunal de Justiça de Sergipe. Se esse político, ex-policial militar, ligado às milícias cariocas, não for cassado com urgência, estabelecerá um perigoso precedente no país. Esta coluna apoia as decisões do STF sobre esse caso.

Na bronca

Os motoristas sergipanos estão na maior bronca com o governo por causa de tantos aumentos dos combustíveis. Nesta sexta-feira, 19, passa a valer o quarto reajuste para cima da gasolina, diesel etc. A mesma bronca é estendida aos aumentos dos remédios, luvas e máscaras para sua proteção contra os ataques do coronavírus. Por que não está descartado um tabelamento dos preços desses produtos enquanto durar a pandemia, esta coluna pergunta. Muitas farmácias estão exagerando nos preços.

Os fura filas

Não muito tempo atrás, o governador Belivaldo Chagas declarou que os fura-filas serão conhecidos quando a lista das pessoas vacinadas for divulgada à imprensa. Em Sergipe, os gestores da vacinação têm trabalhado com uma interpretação bem elástica de “profissionais da saúde”. Só faltam incluir os médicos veterinários!

Bancários

Em Ação Civil Pública ajuizada pelo Sindicato dos Bancários de Sergipe foi deferida liminar favorável para que o Banco do Brasil “se abstenha de suprimir a gratificação do cargo de Caixa Executivo, daqueles substituídos que perceberam gratificação por 10 anos antes de 11/11/2017 (vigência da Lei 13.467/2017), bem como se abstenha de suprimir a gratificação de qualquer Cargo de Confiança daqueles substituídos que perceberam gratificação por 10 anos antes da referida data, ou, caso tenha ocorrido a supressão salarial, seja determinado o imediato restabelecimento da referida verba nos mesmos parâmetros e condições anteriores à supressão, mantendo-se o pagamento até o julgamento final do processo”.

Linha de frente

Funcionário público da área da saúde buscou essa coluna para dizer que as gerências de recursos humanos do Estado e das prefeituras têm sido procuradas por pessoas pedindo a sua realocação em repartições cujos trabalhos fiquem mais perto da “linha de frente contra a pandemia”. Nos hospitais privados, disse ele, parece que todo o mundo está trabalhando em UTIs. Deve haver exagero e distorção dos fatos nesses depoimentos.

Cleomar Brandi

Cleomar Brandi era um jornalista de talento, de muitos amigos e um homem que amava a vida. Apesar de seus problemas de saúde, ele não era alguém que ficava reclamando. Estava sempre com um sorriso no rosto, uma piada pra contar. É sobre ele que seu amigo Gilson acaba de lançar livro, pela editora Criação.

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