Campanha de imunização contra covid-19 em Aracaju segue rigorosamente o Plano da Secretaria de Saúde

Na busca por evitar quaisquer irregularidades e promover a celeridade no processo de imunização contra a covid-19, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), tem seguindo rigorosamente os critérios explicitados no Plano Municipal de Vacinação, e as recomendações do Ministério Público, tanto Estadual quanto Federal.

Desta maneira, a administração municipal chega ao final de fevereiro imunizando 100% dos idosos com mais de 90 anos, 100% dos idosos acamados e institucionalizados e 62,1% dos profissionais de saúde que atuam na linha de frente.

Todo plano de vacinação, independente de ser relacionado à pandemia de coronavírus, tem como parâmetro o Plano Nacional de Vacinação, criado pelo Ministério da Saúde (MS), uma vez que trata-se da administração de um insumo estratégico para o Governo Federal.

Assim, quando o MS encaminha um número determinado de doses para um dos grupos de risco definidos, é solicitado que os municípios registrem o uso desses insumos em um sistema eletrônico nacional, como forma de comprovar o uso correto.

Baseado nas diretrizes do governo federal, cabe aos municípios traçar estratégias específicas para a população de cada cidade. Em Aracaju, a logística montada pela Prefeitura permitiu a vacinação total de dois grupos prioritários na primeira etapa, os idosos com mais de 90 anos, idosos institucionalizados e seus cuidadores.

No que se refere aos profissionais de saúde, a estratégia foi priorizar aqueles que atuam diretamente no atendimento a pacientes com covid-19, como explica a secretária da Saúde de Aracaju, Waneska Barboza.

“Com relação aos trabalhadores da saúde chegaram vacinas para um total de 38% deles, inicialmente. No decorrer dos meses de janeiro e fevereiro mais doses chegaram, alcançando a capacidade de vacinação de aproximadamente 73% deste grupo. Nós estamos seguindo, inclusive, nota técnica do Ministério Público que orienta que as doses precisam ser administradas nos trabalhadores de linha de frente, aqueles que trabalham em UTIs, prontos socorros ou leitos de retaguarda em atendimento exclusivo para paciente covid”, afirma a gestora.

Dos 73% de capacidade de vacinação deste grupo específico, a gestão já conseguiu imunizar 62,1%. A meta é atingir 70% nos próximos dias. A gestão tem seguido estritamente os critérios dispostos em seu Plano de Vacinação, no entanto, não possui controle total sobre o processo, uma vez que cabe a cada instituição o apontamento dos profissionais em contato direto com pacientes em tratamento contra a covid.

“Nós não temos governabilidade sobre o RH [Recursos Humanos] das instituições. Assim, ficou pactuado que o Município iria solicitar a lista desses profissionais, e assim fez, a todas essas entidades, sobretudo as hospitalares com atendimento direto a pacientes com covid e, depois, as clínicas que não têm atendimento direto, mas que estão expostas por receber pacientes”, ressalta Waneska.

De acordo com a secretária, para a confecção dessas listas, é solicitado às instituições que coloque ao lado do nome do profissional qual o grau de exposição dele. “Infelizmente, seja por falta de conhecimento ou mesmo pelo ‘jeitinho brasileiro’, nem sempre essas listas são encaminhadas com o rigor necessário, aparecendo pessoas como prioridade que nós da área técnica entendemos que não é o correto”, lamenta.

“Vem solicitações para trabalhadores que atuam em clínicas, mas que não estão expostos diretamente a pacientes com covid. Então, a administração municipal precisa fazer uma análise de toda essa lista para definir, dentro da quantidade de vacinas que nós temos, quem deve ser vacinado primeiro”, acrescenta a secretária.

Para além dos desafios em relação à confecção dessas listas, há também uma certa “resistência” de profissionais de saúde. Apesar de a Prefeitura ter montado uma estrutura ampla de atendimento, com doses disponibilizadas em locais diferentes, inclusive nas próprias instituições onde essas pessoas atuam, mais de uma vez, menos de 50% dos insumos foram aplicados, por falta de procura.

“Isso demonstra para nós que uma parte dos profissionais destas instituições já se vacinaram em outros locais ou que uma parte resiste em se vacinar, uma vez que a lista é confeccionada sem consultar a vontade destas pessoas”, aponta Waneska.

As pessoas que se recusam a vacinarem-se são minoria, assim o entendimento é de que a maioria dos profissionais de saúde que atuam na linha de frente já estão imunizados.

No que diz respeito à velocidade do processo, é importante destacar que os critérios de prioridade estão ligados ao risco de exposição, mesmo entre os próprios profissionais, por isso a gestão seguirá com o plano estipulado, apelando para a colaboração dos que ainda não foram imunizados, sem se submeter à pressões de grupos específicos.

“Nós temos recebido críticas e cobranças de conselhos de classe e a Secretaria não vai privilegiar a classe, mas atender ao trabalhador que esteja exposto ao paciente com covid. As estratégias estão prontas, a estrutura montada, mas é preciso que os próprios profissionais compareçam”, aponta a secretária.

Fonte: AAN
Foto: Marcelle Cristinne

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