O planejamento e as medidas implementadas pela Prefeitura de Aracaju para o enfrentamento da pandemia do novo coronavírus têm permitido que a capital sergipana mantenha-se como a capital nordestina com menor taxa de letalidade da covid-19 e a terceira em comparação com demais capitais do Brasil.
A taxa de letalidade avalia o número de mortes em relação às pessoas que apresentam a doença ativa, e não em relação à população toda, ou seja, mede a porcentagem de pessoas infectadas que evoluem para óbito, dado fundamental para compreender a qualidade do tratamento oferecido aos infectados.
O número registrado em Aracaju, de acordo com dados da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), é de 1,46%, ou seja, seis vezes menor do que a capital que registra o maior índice: a do Rio de Janeiro, com 9,06%.
A capital sergipana está atrás, apenas, das capitais de Santa Catarina, Florianópolis, que registra 0,94%, e do Tocantins, Palmas, que registra 0,96%. Empatadas da terceira colocação estão Aracaju e a capital de Roraima, Boa Vista.
O resultado é fruto de um trabalho intenso e meticuloso, que perpassa desde a adoção de um Plano de Contingência, adotado ainda antes que casos de coronavírus tenham sido registrados, à ampliação de leitos e o avanço na campanha de vacinação.
De acordo com a secretária da Saúde de Aracaju, Waneska Barboza, durante a pandemia, o Município capacitou equipes, e passou a entender melhor como a doença funciona, tratando as pessoas de forma precoce, diminuindo as chances de letalidade.
“Esse resultado está relacionado, também, mesmo de forma prematura, com a redução no número de pessoas acima de 80 anos que vêm sendo internadas após a campanha de vacinação, visto que essa faixa etária corre maior risco de letalidade. Há também a mudança no perfil da doença que tem contaminado ultimamente pessoas mais jovens. Aliado a isso está a ampliação dos leitos, o que amplia a assistência. Todas essas ferramentas associadas contribuem para que sejamos a terceira capital do país com a menor letalidade e a primeira da região Nordeste”, explica.
Apesar do crescimento do número de casos e óbitos registrados nas últimas semanas, em todo o Brasil, a resiliência da cidade em relação à crise sanitária tem se mostrado grande, uma vez que em muitos locais os sinais de colapso dos sistemas de saúde estão evidentes há dias.
Justamente por conta desta nova onda, que é agravada pela variação das cepas do vírus, inclusive com a que foi descoberta em Manaus (comprovadamente mais transmissível), a administração municipal tem colocado em prática, por meio de decretos, medidas ainda mais restritivas de circulação de pessoas, com o objetivo de evitar ao máximo aglomerações e quebrar o ciclo de transmissão do coronavírus.
Tudo tem sido feito para que o baixo índice de letalidade alcançado permaneça, em uma atuação que considera imprescindível a vida de cada aracajuano e que requer a colaboração de toda a população, a qual deve continuar mantendo as medidas de biossegurança necessárias para evitar o contágio pelo novo coronavírus.
Fonte: AAN
Foto: Ascom/PMA