Podem sacar o benefício os trabalhadores rurais que participaram dos seminários de contrapartida
Nesta sexta-feira (28), os trabalhadores da colheita da laranja dos 14 municípios da citricultura atendidos pelo Programa Mão Amiga já podem fazer o saque da quarta parcela da presente edição. Para acessá-la, munido do cartão Mão Amiga, o beneficiário deve se dirigir a qualquer agência ou Ponto do Banco do Estado de Sergipe – Banese, onde o governo de Sergipe creditou R$ 825.170,00, através da Secretaria de Estado da Inclusão Social (SEIAS) – recursos oriundos do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza – Funcep.
Recebem esta última parcela os 4.343 trabalhadores rurais que comparecem aos Seminários de contrapartida ofertados em todos os municípios. O diretor de Inovação e Inclusão Produtiva da SEIAS, Ricardo Mascarelo, ressalta importância desses encontros. “É neste momento que temos a oportunidade de reuni-los para passar informações importantes sobre diversas temáticas. Além de assuntos relacionados à saúde do homem, prevenção a ISTs, acesso a direitos trabalhistas e programas sociais, nas duas últimas edições, temos optado por reforçar o tema do combate à violência contra a mulher”, conta.
A referência técnica em Políticas para as Mulheres da diretoria de Direitos Humanos da SEIAS, Valdilene Cruz, ministrou palestras durante os Seminários, assim como a Capitã Fabíola Goes, comandante da Ronda Maria da Penha, da Polícia Militar de Sergipe. De acordo com ela, no enfrentamento à violência contra a mulher, além da repressão e punição, é de essencial importância trabalhar a vertente da prevenção, sobretudo com um público predominantemente masculino, como é o do Mão Amiga. “Falar sobre violência doméstica com os homens beneficiários no Programa é trazê-los para a solução do problema. Então nós buscamos orientá-los e conscientizá-los de que a violência domestica é fruto da cultura machista e patriarcal ainda existente no nosso país, que costuma ser ainda mais forte no meio rural, e precisamos combater”, pontua.
Ainda segundo a capitã Fabíola, muitos dos homens identificados como um perfil agressor se afastam das mulheres, porque estão sob medida protetiva ou sendo atendidas pela Ronda, mas num relacionamento seguinte, tornam-se agressivos da mesma forma. “Então, para interromper esse ciclo, eles precisam se ver como parte do problema e entender a necessidade de mudar. Da mesma forma, os homens que não são agressores devem se somar a esta luta e conversar com os colegas que tenham na prática da agressão um hábito nefasto. Fazer esse trabalho tem sido realmente uma experiência muito engrandecedora. Permanecemos à disposição da SEIAS para continuar esse trabalho conjunto”, concluiu a comandante da Ronda Maria da Penha.
Fonte e foto: ASN