Com uma grande infraestrutura hídrica, algo em torno de 4000 km de adutoras instaladas, Sergipe garante o acesso à água potável à cerca de 90% da população. Esse percentual poderia ser ainda maior se o desperdício não de aproximadamente 70% no segmento da irrigação e 50% no abastecimento público.
O desperdício é elevado e preocupante. Segundo o diretor de recursos hídricos do Estado, Ailton Rocha, que durante toda esta semana participa de debates sobre água, em comemoração do Dia Mundial da Água, hoje, 22 de março, “de maneira geral precisamos trabalhar fortemente na despoluição dos nossos rios e barragens, dar fim ao desmatamento e combater o desperdício”.
As principais captações no estado ocorrem no rio São Francisco com os sistemas integrados, inclusive com a adutora de transposição para complementar o abastecimento de Aracaju e Grande Aracaju.
Rocha lembrou que o rio São Francisco padece da falta do coleta e tratamento de esgoto, de resíduos sólidos e o uso de agrotóxicos ao longo de sua bacia hidrográfica, requerendo um cuidado especial no monitoramento da qualidade das suas águas.
O diretor de Recursos Hidricos fez questão de destacar ainda que a Deso tem feito investimentos importantes no tratamento de esgoto de Aracaju e da Grande Aracaju e em algumas cidades do interior. Na bacia do rio São Francisco, a Codevasf tem executado alguns projetos. “Em ambos os casos é preciso que estas obras entrem em operação”, alerta Ailton Rocha.
Há ainda captações nas barragens do Jacarecica I e Jacarecica II, Governador João Alves Filho, Dionisio Machado, Jabiberi e Jaime Umbelino. Há captações menores no rio Pitanga, rio Poxim, rio Mata Verde, rio Nossa Senhora do Desterro, rio Arauá, rio Fundo, rio Piauitinga entre outros. Como também no aquífero cárstico e marituba.
