Mais de 86%: Polícia Científica alerta para presença de substâncias nocivas em cigarros eletrônicos apreendidos em Sergipe

A Polícia Científica de Sergipe emitiu um alerta sobre os riscos à saúde associados aos cigarros eletrônicos, revelando que mais de 86% dos dispositivos apreendidos e analisados no estado contêm substâncias viciantes e cancerígenas. A análise foi conduzida pelo Instituto de Análises e Pesquisas Forenses (IAPF) durante o mês de outubro, resultando na identificação de componentes prejudiciais, incluindo nicotina, propilenoglicol, glicerol, etilenoglicol, metais pesados e ésteres.

Segundo Nailson Correia, perito criminal do IAPF, os cigarros eletrônicos, também conhecidos como pods, vaporizadores ou vapes, são concebidos como alternativas menos prejudiciais aos cigarros tradicionais. Contudo, a análise das amostras apreendidas revelou que a grande maioria continha nicotina e outras substâncias associadas a riscos à saúde, incluindo o propilenoglicol, que, quando aquecido, se transforma em formaldeído, uma substância carcinogênica.

Além disso, o glicerol presente nos cigarros eletrônicos se transforma em acetaldeído quando aquecido, uma substância tóxica, e o etilenoglicol, dependendo das condições, pode ser explosivo. O perito também ressaltou a presença de metais pesados e ésteres, substâncias extremamente nocivas, especialmente para o público jovem.

Vale destacar que, de acordo com a Resolução nº 46 de 28 de agosto de 2009 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANS), a comercialização, importação e propaganda de dispositivos eletrônicos para fumar, como cigarros eletrônicos, é proibida no Brasil. As polícias Civil e Militar realizam apreensões desses dispositivos durante operações e ações no estado.

A Polícia Científica solicita que a população denuncie qualquer identificação de comercialização desses produtos, como pods, vaporizadores e vapes, às autoridades policiais. Em casos de flagrante, as denúncias podem ser feitas à Polícia Militar pelo Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp – 190), e casos recorrentes podem ser denunciados anonimamente pelo Disque-Denúncia (181).

(Com informações da assessoria)

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