Rosemiro Magno – Sociólogo e professor aposentado da UFS
A guerra entre judeus e palestinos é consequência do colonialismo inglês. O colonizador ao desocupar a Palestina não fez nenhum projeto para minorar os conflitos entre aqueles dois povos. Como é de praxe, o colonizador chupa a laranja e joga o bagaço fora. O colonialismo inglês não agiu diferentes das outras potências coloniais europeias.
É justo que judeus e palestinos tenham um lar/pátria seguro; mas isso não vem acontecendo a mais de setenta anos.
De início temos que olhar a História; o povo palestino é originário daquela região do Oriente Médio, enquanto que os hebreus ocuparam o lugar bem depois, liderados pelo patriarca Abrão.
O povo hebreu é originário da região entre rios, entre os rios Tigre e Eufrates que hoje compõe o território Iraquiano.
O povo hebreu que tornou-se judeu depois de sofrerem escravidão no Egito e retornaram à Canaã, a terra prometida liderado por Moisés, não se sabe se esse personagem é real ou mítico.
No ano 70 da era cristã sofreram a diáspora decretada pelo Império Romano. A partir de então não compuseram a estrutura de nenhuma sociedade. Na Idade Média feudal não era nem servo nem senhor, nem rei nem vassalo.
Os judeus que viviam na Europa feudal e no mundo todo, dedicaram-se a atividade econômica marginal, ligada ao que a Economia moderna veio chama setor terciário: artesanato, feiras, pequeno comércio, prestação de alguns serviços, atividade intelectual e artística.
Assim como não há modo de produção puro, o modo de produção feudal não fugiu à regra. Algumas cidades do Mediterrâneo como Roma, Gaeteta, Almafe, Pissa,
Veneza e outras do Mar Negro faziam franco comércio atingindo cidades e lugares do Atlântico Norte; Lisboa era ponto de refresco da navegação mediterrânica que transportava vinho, arenque e outros produtos.
Começa a surgir, em apoiu as atividades comerciais, casas bancarias sediadas nas cidades mediterrânicas supra sitadas. Parece ser a genesi do que hoje se conhece por Capital Financeiro.
O judeu, também chamado judeu errante, deve ter participado do escambo em torno de burgos e castelos feudais, participando trocas simples, como por exemplo: uma galinha ou alguns ovos por um punhado de sal ou um tecido rústico, parece ter dado origem, ao que parece, ao que hoje se conhece por feira livre.
O que a História registra, sem dúvida, é a presença de famílias judias atuando no setor financeiro, sendo proprietárias de casas “bancárias”. Lembremos que judeus expulsos de Portugal e que foram viver na Holanda, tinham capitais suficiente para financiar a produção açucareira no Brasil em regime de escravidão.
Como não existe presente sem passado, vamos dar um salto histórico para nossos dias.
O grande erro da História não foi a frase proferida pelo presidente Lula comparando o holocausto à matança de civis palestino, sobretudo, crianças, mulheres e idosos.
O grande erro histórico foi a ONU ter cedido às pressões do movimento Sionista e ao capital judeu e ter criado um Estado Judeu em território palestino e não ter criado um Estado Palestino em seu próprio território.
A guerra já dura setenta anos, quantos anos mais vai durar esses massacres deem a eles a denominação que quiserem: ” terrorismo, guerrilha ou forças armadas legitima e legalmente constituída”.