Eugênio Nascimento
Ainda é cedo para afirmar, mas está cada vez mais claro que o atual governador de São Paulo, João Dória, é um dos fortes candidatos à Presidência da República em 2022. Deverá ter que enfrentar, além do atual presidente Jair Bolsonaro, Fernando Haddad (PT) e Ciro Gomes (PDT). São os nomes que parecem estar postos com muita antecedência. A opção Sérgio Moro não se sabe se realmente será viabilizada, mas é comentada.
Na construção do seu nome nacionalmente, Dória começou o atual mandato em 2019 promovendo o Estado turisticamente e, na sequência, destacando o carnaval, depois batendo de frente com Bolsonaro no trato do coronavírus e segue solto, sem “apanhar” de ninguém.
Na quarta-feira passada, 10 de junho, Dória sai na frente e projeta São Paulo nacionalmente, em torno do combate à pandemia, em situação bem melhor que o presidente Bolsonaro, que insiste em levar o povo para a zona de contágio (nas ruas e sem máscaras) e na defesa da cloroquina.
O governador levou o Instituto Butantan, órgão da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, a um convênio com laboratório chinês para realizar testes em 9 mil brasileiros. A testagem será de uma vacina contra o coronavírus para liderar posteriormente o processo de imunização em todo o país.
Isso projeta o governo de São Paulo nacionalmente e fortalece o nome Dória para o processo eleitoral presidencial de 2022. Dória, nesta fase inicial do que poderá ser a disputa presidencial, chuta a bola e corre para área para marcar gol.
A vacina será testada ainda neste ano de 2020 e poderá ser usada em campanhas a partir de junho de 2021, pertinho de 2022. São Paulo já registrou 162.520 casos de covid-19 e exatas 10.145 mortes.
Enquanto isso, Haddad anda um tanto desaparecido da mídia (parece não ser por opção própria), Ciro Gomes parte para “bater” no governo Bolsonaro (a mídia está aberta para ele), que busca se proteger usando o Centrão. O atual presidente, tenta desgastar os opositores e se desgasta cada vez mais. Hoje, conforme o DataPoder 360, cerca de 47% dos brasileiros avaliam o governo atual como péssimo/ruim e apenas 28% como ótimo/bom.