A Central de Regulação de Leitos (CRL), integrante do Complexo de Regulação do Estado de Sergipe, registrou um aumento no número de solicitações de leitos neste período de pandemia do novo coronavírus, especialmente para leitos de UTI, segundo informações da gerente da Central, Drª Pollyanna Vieira de Novaes Cardoso. A CRL trabalha 24 horas por dia, sete dias da semana, e conta com uma equipe composta por médicos reguladores, enfermeiros e auxiliares administrativos.
A Gerente enfatiza que a CRL atua para promover o acesso democrático, em consonância aos princípios do SUS, a leitos de UTI e de Enfermaria da Rede Pública a toda população sergipana, de forma universal, integral e equânime, a partir de solicitações que chegam das portas de urgência, também denominadas de Eixos Críticos, que estão nos Hospitais Regionais, no Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), no Hospital Fernando Franco, Hospital Nestor Piva e nas maternidades.
É na porta de urgência que o paciente recebe atendimento para estabilização de seu quadro clínico e faz exames para elucidação do seu diagnóstico. Definido o diagnóstico e sua necessidade, o paciente está pronto para ser regulado para leito de enfermaria ou de UTI. É nesse momento que a CRL é acionada pela porta de urgência, iniciando-se desta maneira o processo de regulação.
“Trabalhamos com o Documento Único de Solicitação de Vagas (DUSV) e Documento de Informações Complementares como ferramentas para solicitação de leitos de UTI adulto, UTI pediátrica e enfermaria que precisa ser devidamente preenchido pela unidade solicitante para que o médico regulador possa compreender o estado clinico do paciente e sua real necessidade”, explica Drª Pollyana.
A gerente salientou sobre a importância de conhecer o quadro do paciente, uma vez que as UTIs do Estado têm perfil, recursos humanos “especialistas” e densidade tecnológica variadas para atender as diferentes necessidades em alta complexidade. Drª enfatiza a importância do trabalho em REDE dentro da lógica do SUS e exemplifica como ocorre um processo de regulação.
“Se uma paciente ao ser atendida na Rede materna, evolui com eclampsia, poderá ser regulada para UTI de retaguarda para puérperas e gestantes. Mas, se essa mesma paciente tem suspeita de sangramento cerebral, ela já não é mais perfil para esta UTI, e será direcionada para leito da Rede Pública com retaguarda de especialista para o atendimento de sua necessidade neurológica”, diz.
Pollyanna Cardoso destacou, ainda, que a regulação é um “sistema de inteligência”, e que o médico regulador tem que ter conhecimento clínico e habilidades técnicas para regular. Para ela, o médico regulador precisa ter essa expertise de ver o cenário como um todo, conhecimento de rede e dos perfis dos leitos que regula para o correto direcionamento do pacientes”, revela.
Finalizou enfatizando que as informações sobre a disponibilidade de leitos de UTI e de enfermaria são atualizadas pela Rede, em horários pré-definidos, e que a regulação segue fluxos e normas pré-estabelecidas para garantir a população acesso aos equipamentos de saúde em seus diferentes níveis de complexidade.