Artistas do Forró Caju em Casa recebem pagamento da Prefeitura de Aracaju

A Prefeitura de Aracaju já está realizando o pagamento dos artistas que se apresentaram no Forró caju em Casa 2020, que começou no dia 23, véspera de São João, e se encerrou nesta segunda-feira, 29 de junho, dia de São Pedro. Foram 45 atrações contratadas, selecionadas a partir de um edital, das quais, boa parte já recebeu os cachês.

Segundo o presidente da Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju), Luciano Correia, o evento cumpriu o compromisso da política cultural da gestão com os artistas e com a cidade. “Nesse aspecto, a gente está mudando a relação jurídico-administrativa-financeira com as cadeias produtivas da cultura, fazendo com que todos os 45 selecionados só entrassem no palco com o contrato assinado”, afirma Luciano.

Da mesma forma, de acordo com ele, na mesma semana em que começou a transmissão do Forró Caju, a Prefeitura começou a realizar os pagamentos. “Desde a semana passada, os artistas estão recebendo os cachês e, até o fim da semana, todos eles terão recebido o pagamento”, garante o presidente da Funcaju.

Luciano lembra que apenas os que, por ventura, ainda tiverem com pendências na entrega da documentação podem demorar um pouco mais a receber. “Mas nossa ideia é que até o fim da semana todos tenham recebido, porque o projeto tinha também esse papel social de fomento à cadeia produtiva da música no momento de pandemia, afinal, eles foram os primeiros impactados com o isolamento e serão os últimos a sair dele”, ressalta.

Mas não é só isso. “Também levamos entretenimento e cultura para a sociedade, aspectos tão importantes nesse momento. O Forró Caju, além desse objetivo social e cultural, também cumpre o papel de levar alegria através da elevação da autoestima com nossos valores culturais do período junino, sempre marcado pelo Forró Caju, presente no imaginário de todos os sergipanos”, reforça.

Valorização

O cantor Sena se apresentou no dia 26 e recebeu o pagamento do show no dia 29. “Quem trabalha na área há tantos anos, como eu, sabe que nunca foi tão rápido, mesmo com valores menores do que o rotineiro, por ser em live, o fato de ter sido tão célere nos ajudou muito nesse momento. Não tenho do que me queixar, só agradecer”, diz Sena.

Ele também elenca a organização e a desburocratização do Forró Caju em Casa como outros pontos positivos. “A organização foi muito boa. A mobilização em torno da questão financeira foi excelente, inclusive, com facilitação em relação à documentação. Como estamos sem trabalhar desde março, tudo isso foi muito bem-vindo”, avalia Sena.

Márcio André, conhecido como Márcio de Dona Litinha, a voz da banda Naurêa, também avalia todo o trâmite do Forró Caju em Casa de forma “muito positiva”. “A sensação é de que a nossa profissão sempre foi subdimensionada, porque nenhum outro profissional vai prestar serviço sem receber, e isso era praxe entre os músicos, então essa mudança valoriza nossa atividade”, opina.

Além disso, para Márcio, o cachê pago aos artistas locais movimenta a economia. “É muito importante que os gestores entendam isso como um processo maior de fomento da economia local, que está em crise, porque esse dinheiro vai circular. Sem falar que também é fundamental que os gestores compreendam que cultura é importante em qualquer momento, seja na manifestação cultural em si, no entretenimento ou na vivência. Acho que o Forró Caju conseguiu abarcar tudo isso” acredita.

Novo cenário

Para além de tudo isso, Luciano destaca que o projeto, além de sucesso de público e crítica, revelou uma nova cena musical em Aracaju. “E essa nova cena conseguiu ser abarcada pelo Forró Caju em Casa. O que tem de melhor, como bandas novas, com músicos muito bons, boas letras, bons cantores, está dentro da programação”, assegura.

Para ele, o projeto também marca um processo de ruptura, sinalizando para um novo modelo de entretenimento. “São novas linguagens musicais que estão emergindo, e isso ficou bem característico na realização do Forró Caju em Casa”, ressalta.

Fonte: AAN
Foto: André Moreira

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