Encontro faz parte de uma série de reuniões com o MPF/SE, fruto da mobilização das comunidades costeiras do estado e de Alagoas, que desde o final do ano buscam alternativas de sobrevida para a população da região
O problema do vazamento de óleo no litoral do Nordeste deixou manchas nas comunidades costeiras às margens da Foz do Rio São Francisco. Há quatro meses famílias inteiras de pescadores e marisqueiras estão sem o principal meio de sobrevivência. Peixes, camarões e outros tipos de frutos do mar são encontrados mortos cobertos de piche.
Para tentar encontrar soluções, cerca de dois mil pescadores e marisqueiras das colônias ribeirinhas de Sergipe e Alagoas, estarão no Ginásio Poliesportivo de Brejo Grande (SE) nesta quinta-feira (16) com o Ministério Público Federal em Sergipe (MPF/SE) e representantes do governo do Estado, tentando resolver esse que já é o maior desastre ambiental da história do litoral brasileiro.
O encontro faz parte de uma série de reuniões com o MPF/SE, fruto da mobilização das comunidades costeiras do estado e de Alagoas, que desde o final do ano buscam alternativas de sobrevida para a população da região.
A partir de uma ação movida pelo órgão, o governo federal deveria repassar duas parcelas do seguro-defeso para as comunidades entre novembro e dezembro de 2019. Mas, a Colônia Z16 de Brejo Grande, Pacatuba, Ilha das Flores, e a Colônia Z07 do município de Neópolis, Alagoas, ainda não receberam nenhum seguro.
A Colônia de Pescadores Z16 de Brejo Grande entrou com pedido na Superintendência da Endagro e na Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), para que o governo do Estado disponibilize tanque-rede como medida emergencial para a colônia.