Aracaju mantém baixo risco de infestação pelo Aedes aegypti

Prefeitura intensificou o Combate ao Aedes aegypti no ano passado após a publicação do 4º LIRAa, quando a cidade apresentou o maior índice de 2019 (2,6), chegando a ficar entre as cidades com médio risco de infestação

Aracaju inicia 2020 em baixo risco para o aparecimento de surtos ou epidemias causadas pelo Aedes aegypti. De acordo com o 1º Levantamento Rápido do Índice de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) deste ano, a capital sergipana se manteve em 0,9 de Índice Predial, o que representa uma queda de 25% em relação ao início do ano passado. Além disso, atualmente, nenhum bairro da cidade está em alto risco de infestação. Dos 43 bairros de Aracaju, 56% estão com baixo risco (24 localidades) e 44% (19) com médio risco. Estas informações foram apresentadas na manhã desta sexta-feira, 17, em coletiva de imprensa, pelo prefeito Edvaldo Nogueira.

A Prefeitura de Aracaju intensificou o Combate ao Aedes aegypti no ano passado após a publicação do 4º LIRAa, quando a cidade apresentou o maior índice de 2019 (2,6), chegando a ficar entre as cidades com médio risco de infestação. Com isso, de julho de 2019 a janeiro de 2020, houve uma queda de 65,4% nos índices de infestação. Em novembro, data do último levantamento, dois bairros estavam em alto risco de infestação (Cidade Nova e Dom Luciano). Em ambos, após o trabalho da Prefeitura, o risco baixou: no Cidade Nova caiu de 4,6 para 1,8, enquanto no Dom Luciano caiu de 4,1 para 1,5.Também houve redução significativa nos bairros Santo Antonio (de 3,6 para 1,3), Industrial (de 2,4 para 1,4) e no Porto Dantas (de 2,2 para 0,7). Houve ainda uma mudança no comportamento dos criadouros. 65,9% deles estão agora em reservatórios de água (lavanderias, tonéis, caixas d’água) – antes eram de 74,5%, enquanto houve um aumento de criadouros em outros depósitos domiciliares, a exemplo de vasos de plantas, ralos e lajes. Foi de 22,4% para 31,9%  Em locais que acumulam lixo, o índice se manteve em 2%.

Levantamentos

Ao longo deste ano, serão realizados seis levantamentos pela Prefeitura. O trabalho ocorrerá a cada dois meses, seguindo a orientação do Ministério da Saúde, com objetivo de verificar o índice de infestação do mosquito nos bairros da capital. Durante as coletas do LIRAa, serão visitados os imóveis de cada região da cidade, a fim de detectar larvas do Aedes aegypti. As larvas encontradas, serão coletadas e encaminhadas ao laboratório no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), que confirma se realmente são do Aedes. Com base nos resultados de cada levantamento, a Prefeitura norteia as estratégias de combate ao mosquito, intensificando, sempre, as ações, nas localidades em que os índices se mostram elevados. Em 2019 foram realizadas 919.308 visitas em domicílios, 23.058, em terrenos baldios e 8.863 em pontos estratégicos. Também foram feitas 24.388 visitas noturnas, de julho a dezembro, em 28 bairros. Com relação ao Fumacê Costal, foram realizadas aplicações em 37 bairros, durante 174 dias. Em 2019, foram notificados 3.096 casos de Dengue, Chikungunya e Zika em Aracaju, dos quais 1.763 foram confirmados, e quatro evoluíram para óbito.

Plano de Intensificação

O Plano de Intensificação de Combate ao Aedes aegypti foi implantado no município em 28 de junho de 2019, por determinação do prefeito Edvaldo Nogueira. A ação envolveu diversas secretarias e teve como objetivo colocar em práticas ações preventivas para diminuição dos índices registrados na capital. Entre as medidas estiveram os mutirões aos sábados, que somaram 34, ao todo, e contemplaram os bairros Japãozinho, Santa Maria, Olaria, José Conrado de Araújo, Santo Antônio, Industrial, Dom Luciano, Pereira Lobo, Cidade Nova, Palestina e Jardim Centenário. Em 2020,  o primeiro mutirão ocorreu no último dia 10, na Palestina. Os próximos acontecem nos dias 18 de janeiro (Pereira Lobo), 25 de janeiro (Salgado Filho), 1º de fevereiro (Capucho), 8 de fevereiro (Santa Maria) e 15 de fevereiro (Cidade Nova).

Fonte: AAN
Foto: Ana Lícia Menezes

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