O IBGE divulgou dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF 2017-2018), que trouxe informações sobre as condições de vida das famílias brasileiras no que diz respeito à sua alimentação. Essa pesquisa, divulgada na sexta-feira, 21, é importante por contribuir para os índices de preço, verificação dos orçamentos e consumos familiares, estudos de pobreza e desigualdade, assim como segurança alimentar e nutricional.
Os dados apresentados referem-se a junho de 2017 e julho de 2018. Em Sergipe, o total de domicílios investigados para a POF foram 1409, sendo 535 com investigação do consumo alimentar, o que representa um total de 1255 pessoas. Por conta do tamanho da amostra, porém, não é possível extrair resultados para as 27 unidades da federação.
Principais dados sobre Nordeste
Em relação à prevalência de consumo de alimentos fora de casa, a região Nordeste apresenta o 2ª menor percentual do país, com 34,8%. Em 2008 a 2009, esse percentual chegava a 33,5%.
No Brasil, a proporção de pessoas que comem fora do domicílio é de 36,5%, sendo o Centro – Oeste a região a apresentar o maior percentual (47,7%) e o Norte, o menor, com 30,5%.
Com relação à proporção de alimentos consumidos fora de casa, a comparação entre as regiões brasileiras mostrou que nas Regiões Norte e Nordeste os alimentos com maior proporção eram marcadamente as bebidas alcoólicas, enquanto a Região Centro-Oeste se caracterizou por diferentes tipos de pescados e suas preparações. Assim, nas Regiões Norte e Nordeste, os alimentos com maior proporção de consumo fora de casa foram a cerveja, bebidas destiladas, vinho e outras bebidas não alcoólicas.
O café é o produto de maior frequência de consumo alimentar do país No país, os 5 produtos com maiores frequências de consumo alimentar são: café (78,1%), Arroz (76,1%), Feijão (60%), Pão de sal (50,9%) e Óleos e gorduras com 46,8%. Em relação ao consumo diário em gramas, o café chega a 163,2 gramas, o feijão a 142,2 e o arroz a 131,4 gramas.
Em relação ao Consumo alimentar médio per capita (g/dia), percebe-se que os adolescentes consomem 3,6 vezes mais gramas de refrigerantes do que os idosos. Nos adolescentes, esse consumo é de 97,5 gramas por dia diante de 26,4 gramas nos idosos. Em relação à salada crua, idosos consomem 21,1 gramas por dia, diante de 14,7 gramas dos adolescentes. O maior consumo ocorre entre os adultos, com 22,3 gramas por dia. No caso dos chás, adolescentes consomem 17,8 gramas por dia, diante de 52,2 g/dia entre adultos e 65,4 g/dia entre idosos. No caso das frutas, como a laranja, os adolescentes consomem 6 gramas por dia, diante de 21,5 gramas para os idosos.
Nordeste: curiosidades sobre a frequência de consumo alimentar
Em comparação com as outras regiões, o Nordeste apresenta algumas curiosidades. A primeira é que a região apresenta a 2ª maior frequência alimentar de arroz (80%), atrás apenas do Centro Oeste, com 82,7%.
Das 5 regiões do país, o Nordeste apresenta a maior frequência alimentar de milho (25,8%), feijão verde ou de corda (13,5%), macarrão e preparos à base de macarrão (23,4%), aves (37,4%) e ovos (18,1%).
Ainda, apresenta a segunda maior frequência de consumo alimentar de farinha de mandioca no país, com 20,1%, perdendo apenas para o Norte, com 40,6%. Em contrapartida, o Nordeste apresenta a menor frequência alimentar do consumo de carne bovina (33,5%), assim como de óleos e gorduras (36,5%).
Em relação ao consumo alimentar em gramas, o maior da região Nordeste é o café, com 151,9 gramas por dia. O arroz vem em segundo lugar, com 138 gramas, seguido de sucos (136,9 g), feijão (125,9 g) e aves, com 58,7 gramas. O pão de sal não fica para trás e apresenta um consumo de 50,9 gramas por dia, seguido de sopas e caldos (42 gramas) e macarrões e preparos à base de macarrão, com 36,4 gramas.