A foz do rio São Francisco, na divisa de Sergipe com Alagoas, é um dos espaços atrativos para quem deseja ter acesso a um bom dia de passeio pelo ‘Véio Chico’, dar uma chegadinha no oceano Atlântico, tomar banho no Cabeço (um banco de areia entre o rio e o mar), comer muito peixe e camarão, deliciar-se com a água de côco e ouvir muita conversa de pescador.
A área é muito visitada por sergipanos, alagoanos e pernambucanos. Mas já tem recebido turistas internacionais, principalmente aqueles que gostam de pescar. O potencial de pesca é grande, principalmente para quem gosta dos peixes de Robalo e Xaréu.
Saindo de Aracaju, a capital de Sergipe, o turista deve seguir para o bairro Industrial, onde acessa a ponte construtor João Alves, mais conhecida como “ponte Aracaju/Barra”. Ele levará ao município de Barra dos Coqueiros, localizado na ilha de Santa Luzia. A partir daí, só seguir pela rodovia litorânea em direção as Pirambu.
Não vá para a sede do município de Pirambu. No acesso, entre a esquerda e momento depois (tem plana orientando) a direita. no povoado Lagoa Redonda. Aí vale uma parada.
Os turistas e moradores da região costumam tomar banho na lagoa e em uma pequena cachoeira, à qual se tem acesso por uma trilha que garante uma agradável caminhada dentro d’água doce.
É bom lembrar que o roteiro final é a foz do São Francisco. Então, pegue o carro e siga em frente. Vá direto para o município de Brejo Grande (a 137 km de Aracaju). Lá, a beira rio, é possível alugar um barco para passeios, inclusive margeando a cidade alagoana de Piaçabuçu, onde fica a praia do Peba.
Na beira do rio há dezenas de embarcações disponíveis e o preço da aventura é negociado na hora. Faça um roteiro que lhe leve para tomar banho e caminhar no Cabeço, entre o rio e o mar.
Você vai perceber que o município tem muitas dunas. Há também lagoas e apicuns, áreas propícias para visualizar o encontro do Velho Chico com o mar. Em meio a esse visual está o Cabeço, um povoado que era uma comunidade tradicional de pescadores.
O passeio à foz do São Francisco ou ao Pontal do Cabeço, como também é conhecido, é um momento de história. Além de você estar nas águas de um rio que foi descoberto há 519 anos (em 04 de outubro de 1501) pelos navegadores Américo Vespúcio e Gonçalo Coelho (há quem diga que o segundo homem era André Gonçalves) lá o turista poderá conhecer um símbolo da existência deste povoado (se a maré estiver baixa), no caso o Farol do Cabeço, que foi construído pelos holandeses em 1870. (Eugênio Nascimento)