Assim como vem acontecendo em várias partes do país, no estado de Sergipe, o transporte público é considerado um dos principais focos de transmissão do novo coronavirus, aumentando o número de casos de Covid-19.
De um lado, empresários do setor, alegam prejuízos em virtude da pandemia e reivindicam a abertura de linhas de crédito com juros reduzidos e carências estendidas. Do outro, os trabalhadores cobram vacina e condições de trabalho e no meio, os usuários lutam contra a aglomeração no transporte coletivo e defendem o aumento da frota de veículos.
Na última quinta-feira, 8, o prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira assinou o Decreto Municipal nº 6.422/2020, com novas estratégias de combate à Covid-19. Entre elas, o escalonamento das atividades comerciais, incluindo atividades empresariais que passam a funcionar das 9h às 18h. Nos bairros, o funcionamento deverá ser das 10h às ‘9h; supermercados, galerias,minimercados e lojas de departamentos também devem funcionar das 10h às 19h.
O objetivo é diminuir a concentração de passageiros no transporte público coletivo em horários de pico. A medida entra em vigor a partir da próxima segunda-feira, 12 e a perspectiva é de reduzir de 30% a 36% o fluxo de passageiros no transporte público nos horários de mais movimentação.
Aplicativos
Os motoristas de empresas que operam com aplicativos também passam por dificuldades no período da pandemia. Nesse sentido, o deputado Rodrigo Valadares (PTB), fez um pronunciamento durante sessão mista da Assembleia Legislativa de Sergipe para criticar o fechamento do escritório da empresa UBER em Aracaju.
De autoria do parlamentar, foi aprovada uma Moção de Repúdio ao fechamento da empresa, destacando os problemas que os motoristas estão enfrentando.
Com a redução de passageiros nos veículos de aplicativos, a tendência é aumentar a procura pelo transporte coletivo.
“Fui procurado por motoristas de aplicativo que relataram diversos problemas a exemplo da redução de tarifas nas corridas e aumento da comissão para a UBER em um momento delicado de pandemia, onde o número de corridas foi reduzido e agora a empresa resolve fechar o escritório em Aracaju. É preciso que seja aberto um diálogo visando discutir essa situação; a ausência do dever moral de ouvir os motoristas é uma atitude vil, mesquinha e covarde”, entende Rodrigo Valadares.
Créditos: Aldaci de Souza
Foto: Jadilson Simões