O Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp) registrou 57.752 chamadas de emergência no primeiro trimestre de 2021. Mas, dentre esses chamados ao telefone 190, ainda há um elevado número de trotes que interferem no rápido atendimento às situações em que realmente há risco à sociedade, como os flagrantes de crimes e até mesmo salvamento de vidas. No período, foram 6.277 trotes, o que corresponde a 11,89% do total de chamados recebidos pelo Ciosp.
Ainda conforme o levantamento feito pela unidade, no primeiro trimestre de 2020, foram registrados 8.162 trotes, enquanto que no mesmo período de 2019 esse número foi de 14.880 falsos chamados ao Ciosp. Mesmo diante da queda na incidência dos trotes, a direção da unidade considera que o número de falsos acionamentos das forças de segurança pública ainda é alto em Sergipe. A falsa comunicação de crime ou contravenção é crime previsto no artigo 340 do Código Penal.
O diretor do Ciosp, coronel Eduardo Brandão, explicou que o trote interfere tanto no deslocamento das viaturas, quanto nos custos de fornecimento do serviço à população sergipana. “Infelizmente, o trote continua sendo um problema para a segurança pública do estado. Quando as pessoas passam falsas informações de crimes, prejudicam o atendimento ao público. Essas pessoas colocam em risco a sociedade, seus parentes e seus familiares”, ressaltou.
O coronel Eduardo Brandão relembrou que, além de ser crime, a comunicação de falsas ocorrências pode impactar também no cotidiano dos autores dos trotes. “Essas pessoas colocam em risco a sociedade, seus parentes e seus familiares. Enquanto a polícia poderia estar fazendo o policiamento preventivo, tentando salvar vidas, deixamos de fazer os procedimentos preventivos para atender essas falsas ocorrências. Imagine sendo você, que passa um trote, amanhã ou depois, precisando do serviço da Polícia Militar”, reforçou.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) tem investido em tecnologia para identificar os autores dos trotes em Sergipe. “Começamos a colocar um sistema no qual conseguimos identificar os trotes feitos tanto por telefones fixos, quanto por aparelhos celulares. Conseguimos mapear as antenas de telefone. Assim, a partir da terceira ligação de trote, o número de telefone é automaticamente bloqueado e não consegue acionar o Ciosp”, finalizou o coronel Eduardo Brandão.
Fonte e foto: SSP-SE