Aracaju: mais de 80% dos focos do Aedes estão em residências habitadas

Para combater a dengue, zika e chikungunya, uma estratégia clara é fundamental: eliminar os focos do mosquito Aedes aegipty, vetor de transmissão dessas doenças. Em Aracaju, as equipes da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) trabalham de segunda a sábado em três linhas de atuação com esse objetivo.

Diariamente, os agentes de combate a endemias fazem visitas domiciliares, além da ação de bloqueio de transmissão e mutirões realizados em conjunto com a Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb).

A maioria dos criadouros encontram-se dentro das casas dos moradores e não em vias públicas ou espaços abandonados. De acordo com dados da SMS, 67% dos focos estão nas lavanderias, caixas d’água e tonéis. Em segundo lugar, vêm os vasos de plantas, ralos e vasos sanitários em desuso com 29%. Só então aparecem garrafas, tampinhas e resíduos sólidos, que correspondem a 3% dos focos.

Em virtude disso, o gerente do Programa Municipal de Controle do Aedes aegypti, Jefferson Santana, ressalta a importância de a população atuar em parceria com a administração municipal. “A população também deve fazer a sua parte. Só o poder público não alcança toda a cidade, são as pessoas que estão lá morando todos os dias em casa. Pelo menos uma vez na semana dá uma olhada no quintal para verificar se não tem nada acumulando água, porque gera um problema.”

Neste ano, por conta da pandemia, houve aumento dos registros de focos do mosquito também em outros locais, como explica Jefferson. “Esse ano foi bem interessante que, por conta da Covid-19, as crianças não foram para as escolas, ficaram em casa. Então, a gente viu um volume muito grande de brinquedos espalhados nos quintais das pessoas. Esses brinquedos e depósitos jogados no quintal acabam acumulando muita água e gerando foco dos mosquitos.”

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