Com ações planejadas, a Prefeitura de Aracaju tem implementado ações preventivas, baseadas nas projeções feitas pelas autoridades sanitárias do país de crescimento da curva de infestação do coronavírus (covid-19). Agora, a gestão municipal, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), deu mais um passo para resguardar a cidade de um possível aumento dos casos e iniciou a construção de um hospital de campanha, o Centro de Atendimento Provisório.
O hospital vem se somar a outros espaços que já estão funcionando para monitoramento e tratamento de síndromes gripais, a exemplo das oito Unidades Básicas de Saúde (UBS) referências e dos hospitais de Urgência e Emergência (Fernando Franco e Nestor Piva). No entanto, o centro será totalmente voltado para os casos confirmados de covid-19 que necessitam de internação. A estrutura está sendo montada no Estádio João Hora de Oliveira, do Club Sportivo Sergipe, no bairro Siqueira Campos, e deve ficar pronta até o final deste mês.
O coordenador da Rede de Urgência e Emergência (Reue) da SMS, Júlio César Lima, explica que a construção do hospital de campanha é uma medida que visa evitar o colapso da rede.
“O que a Prefeitura tem feito é não esperar que a situação se agrave para começar a agir. A cidade está sendo preparada para poder receber os pacientes da melhor maneira possível. Começou com toda a questão do incentivo ao distanciamento social, um trabalho de manutenção junto à população para evitar que a gente tenha a propagação em massa desse vírus. Isso tem se mostrado uma medida efetiva e está se refletindo nos nossos atendimentos. Mas, é preciso estar preparado e resguardar a população”, frisa Júlio.
A estrutura vai contar com 152 leitos, sendo que 26 deles serão reservados para os casos mais graves. A equipe será composta de médicos que serão os contratados e os que são servidores remanejados do Centro de Especialidades Médicas (Cemar). A estrutura de profissionais que atuarão nessa unidade hospitalar será composta de 65 enfermeiros, 170 técnicos de enfermagem, nove farmacêuticos, 13 fisioterapeutas, 32 profissionais de apoio de rede, e seis auxiliares administrativos.
“O que está sendo montado visa funcionar como retaguarda para os pacientes que precisarem de internação. É uma estrutura para pacientes de média complexidade e uma parte desses leitos para caso haja um agravamento do quadro de alguns pacientes, de forma que possamos garantir a segurança respiratória e todo o aparato necessário para a sua recuperação”, completou o coordenador da Reue.
Estrutura
O Centro de Atendimento Provisório vai contar com contêineres, nos quais serão instaladas três salas para DML; duas salas de utilidade; um necrotério, duas salas para paramentação; dois vestiários; quatro banheiros para funcionários; seis salas para descarte de paramentação; 12 banheiros para pacientes; e uma sala para abrigo de resíduos comum e infectante.
Toda a estrutura interna do hospital será climatizada e, além dos leitos, contará com seis postos de enfermagem; seis salas para prescrição médica; seis salas de enfermagem; seis salas para armazenamento de roupas limpas e seis para sujas; seis salas de equipamentos; seis farmácias satélite; uma sala de administração; uma sala de reunião; um laboratório, uma copa e um refeitório; três salas de descanso; uma sala de informática e dois almoxarifados, sendo um pra farmácia e um pra equipamentos.
Sobre o investimento na aquisição de materiais e insumos de rotina, prevendo o aumento na demanda desses tipos itens, a SMS já adquiriu parte dos medicamentos, insumos e Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). Outros medicamentos específicos no tratamento desses pacientes, também estão em processo de aquisição. Também está em andamento a aquisição dos equipamentos necessários para a estruturação dos leitos de retaguarda.
Fonte e foto: AAN