Operação originária em Alagoas parte para o enfrentamento ao PCC não com o propósito de apreender armas e drogas, mas de isolar os líderes da nova estrutura
Uma mulher, identificada como Sara Barbosa de Oliveira, foi presa no Estado de Roraima durante a Operação “Flashback”. Segundo o Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do Ministério Público de Sergipe, ela seria a “geral” da facção do Primeiro Comando da Capital (PCC) aqui do Estado. O PCC é conhecido por execuções sumárias de rivais ou inocentes, sequestros, tráfico de drogas e assaltos. A operação originária em Alagoas parte para o enfrentamento ao PCC não com o propósito de apreender armas e drogas, mas de isolar os líderes da nova estrutura, que tem como caraterística a truculência no ‘tribunal do crime’, com mortes bárbaras pelo Brasil, inclusive em Alagoas, com maiores registros em Maceió e região Metropolitana.
De acordo com as investigações, o ‘tribunal do crime’ é formado pelos que detém maior poder ou funções privativas dentro da facção.Uma das características do PCC é a frieza com a qual determinam a forma de execução das suas vítimas, incluindo jovens inocentes e membros da própria facção, tidos como desobedientes, quase sempre narrando para elas como será o passo a passo da morte. Durante as execuções, os criminosos costumam fazer contato com o líder que deu a sentença e transmitir, por meio de vídeos, para provocar ‘prazer’ e reforçar sua autoridade, bem como ganhar prestígio dentro da facção.
Segundo o promotor de Justiça Jarbas Adelino Santos Júnior, durante entrevista coletiva nesta segunda-feira, 02, Sara comandava tudo de Sergipe diretamente de Roraima. “Ela era considerada a líder da facção da ala feminina em Sergipe e era conhecida por ter uma atuação violenta, o que nos deixou surpresos, por ser muito jovem (22 anos). Tinha um salão de beleza em Boa Vista e aguardava o companheiro que estava prestes a sair da prisão.
Em Sergipe, tinha residência no município de Japoatã”, frisou. Já de acordo com o coordenador do Gaeco do MPSE, Fábio Mangueira, as investigações continuam. “Ainda estamos atuando em conjunto com o Gaeco do MP de Alagoas. As medidas cautelares estão sendo expedidas pela 17ª Vara Criminal de Maceió. Estamos mapeando e acompanhando a facção para neutralizar a atuação”, destacou.
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