Deputado Jeferson Andrade – Presidente da Assembleia Legislativa de Sergipe
“Antes da emancipação, Sergipe era subalterno à Bahia, política e economicamente. Era como se Sergipe fosse um puxadinho da Bahia. Não tínhamos governo próprio, a Bahia levava o nosso açúcar, embolsava os nossos impostos e devolvia migalhas para o nosso sustento. Não éramos dono do nosso destino. A emancipação foi o ponto de partida para a mudança dessa situação, depois de mais de duzentos anos de dominação.
A partir da emancipação, Sergipe pôde eleger seus próprios governantes, estruturar sua administração e planejar seu desenvolvimento. O comércio local cresceu, foram abertas casas de exportação e importação, surgiram núcleos urbanos, apareceram oportunidades de trabalho e o dinheiro passou a circular internamente, tudo puxado pela pecuária e principalmente pela atividade açucareira. Sergipe e os sergipanos ganharam muito com essa nova realidade.
Sergipe enfrentou as dificuldades naturais de um processo de ruptura para o recomeço. De um lado, a dura reação baiana e a resistência inicial da elite açucareira sergipana. Do outro, o apoio dos criadores de gado à emancipação. A pecuária ocupava grande extensão de terras no interior sergipano. Demorou um pouco para que a emancipação de fato se consolidasse. Depois de muita luta, a dependência em relação à Bahia foi diminuindo e as coisas começaram a funcionar melhor na política, na economia e no social.
O nosso estado conheceu um período de forte crescimento econômico após a consolidação da sua emancipação. Além do fortalecimento da atividade agropecuária, surgiu também a indústria têxtil, de cimento e de fertilizantes, bem como a exploração dos campos de petróleo em terra e mar. Isso elevou o PIB sergipano, aumentou a arrecadação de tributos e permitiu investimentos pesados na área social, para melhorar as condições de vida dos sergipanos.
O futuro de Sergipe se mostra muito promissor. Temos no comando político do Estado um jovem governador, o governador Fábio Mitidieri, com novas ideias firmemente comprometidas com o desenvolvimento econômico e social do nosso estado. Na economia, temos a fronteira do petróleo e gás, que deve atrair grandes empreendimentos que podem gerar muitos empregos e mais renda para a população. Novas indústrias estão chegando. O turismo cresce. O estado investe mais em saúde, educação e infraestrutura. Políticas públicas baseadas em novas tecnologias e em inovações metodológicas, ações conjuntas do governo do estado, da Assembleia Legislativa e da iniciativa privada, tudo isso é real e positivo. De modo que, há um clima geral de justo otimismo e de fundada esperança em Sergipe com relação ao nosso futuro. Vamos avançar ainda mais, com certeza.