A PIA-Empresa constitui uma importante fonte de informações estatísticas sobre o segmento empresarial da atividade industrial no Brasil, sendo utilizada para o cálculo do PIB e fornecendo subsídios ao planejamento econômico de órgãos governamentais e entidades empresariais privadas. O objetivo da pesquisa é fazer uma periodicidade anual que permita a comparação da estrutura da indústria em pontos diferentes do tempo e identificar as mudanças estruturais.
Em 2020, Sergipe tinha 1.026 empresas industriais com 5 ou mais pessoas ocupadas, que ocuparam 42.273 pessoas e pagaram R$ 1,1 bilhão em salários, retiradas e outras remunerações. A receita líquida de vendas do setor foi de R$ 10,3 bilhões. Do total de empresas, 35 são ligadas à indústria extrativista e 991 são da indústria de transformação.
O número de empresas industriais teve um leve crescimento, saindo de 1.017 em 2019 para 1.026 em 2020. Porém, na comparação com 10 anos, o número de empresas registrado é menor. Em 2011, o número de empresas chegou a 1.043 empresas.
O número de pessoal ocupado também aumentou na comparação entre 2019 a 2020 (com mais 1.669 pessoas), mas é menor na comparação de 10 anos (menos 3.279 pessoas). Ou seja, entre 2011 e 2020, a ocupação do setor industrial caiu em 7,1%, puxada pela perda de mais de 3 mil empregos nas indústrias extrativistas.
Em 2020, das 991 empresas ligadas à indústria da transformação, havia um total de 261 voltadas à fabricação de produtos alimentícios, 180 da fabricação de produtos minerais não metálicos e 85 da fabricação de produtos têxteis. Na comparação com 10 anos, houve um aumento de 17 unidades de empresas ligadas à fabricação de produtos alimentícios e redução de 08 unidades de unidades de fabricação de produtos minerais não metálicos.
Do total de pessoal ocupado em indústria da transformação (40.777), 27,1% estão ligados à fabricação de produtos alimentícios, 10% da fabricação de produtos minerais não metálicos e 9,1% à fabricação de produtos têxteis. Na comparação com 10 anos, houve um aumento de 7 p.p de colaboradores em unidades de fabricação de produtos alimentícios ( saindo de 9.466 para 11.504).
Por outro lado, das 35 empresas ligadas à indústria extrativista, 16 estão ligadas à extração de minerais não metálicos e 14 a atividades de apoio à extração de minerais. Na comparação com 10 anos, houve um aumento de 4 unidades de extração de minerais não metálicos e a redução de 2 unidades ligadas à atividade de apoio à extração de minerais.
Ainda, em relação ao valor da transformação industrial da região, levando em conta as unidades locais com 5 ou mais colaboradores, em 10 anos, Sergipe perdeu participação regional, saindo de 4,1% para 3,5%. Somente os estados de Pernambuco, Ceará e Maranhão tiveram aumento na participação.
Vale destacar que em relação à região Nordeste, em 2020, os estados da Bahia, Ceará e Pernambuco representaram, juntos, 73,8% do valor de transformação industrial da região. Na análise de 10 anos, houve um aumento da parcela correspondendo ao estado de Pernambuco (com 3,9 p.p) e Maranhão (3 p.p).
Fonte: Unidade Estadual do IBGE em Sergipe