Mais da metade dos motoristas que morreram em 2019 beberam pouco antes de dirigir

Levantamento inédito é feito pelo laboratório de toxicologia da Secretaria de Segurança Pública


A frase “Se dirigir não beba” já virou bordão de grandes propagandas de bebidas alcoólicas no mundo. A dica e a mudança na legislação, atrelada à severidade na fiscalização, ainda não foram suficientes para brecar a quantidade de mortes violentas no país. Acidentes de trânsito causam cinco mortes no Brasil a cada 1 hora, informa um relatório divulgado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) este ano. Entre 2008 e 2016, o total de 368.821 pessoas morreram vítimas de transporte nas estradas e ruas do país. Boa parte desses acidentes poderiam ser evitados e tem como propulsor o consumo exagerado ou até pequeno de álcool. Um dado recente e inédito, revelado no início de dezembro pelo laboratório de toxicologia da Secretaria de Segurança Pública (SSP), é alarmante: de 202 condutores de veículos que morreram em 2019 no trânsito de Sergipe, 113 estavam sob efeito de álcool, ou seja, 56% das amostras analisadas pelos peritos do Instituto de Análises e Pesquisas Forenses (IAPF) tinham ingerido alguma dose de álcool suficiente para provocar um acidente.


A maioria esmagadora dos casos aconteceu entre homens: 108 eventos, 93,5% das ocorrências. Apenas 6,5% eram mulheres. Das 202 ocorrências, 178 aconteceram em cidades do interior de Sergipe, o que revela outra situação bem nítida: a grande quantidade de mortes envolvendo motociclistas.
Fonte e foto: SSP-SE

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