Autores
Marta Maria Soares de Freitas Almeida (marta.strela@hotmail.com) – Médica
Veterinária e Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Éverton Almeida Pereira (evertonap@hotmail.com) – Médico Veterinário e Mestrando do
Programa de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas
Dr. Ricardo Amaral (ricardoamaral23@hotmail.com) – Pós-Doutorando do Programa de
Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas
Dra. Andréia Laura Prates Rodrigues (andreialprodrigues@gmail.com) – Pesquisadora
voluntária no Departamento de Bioquímica e Imunologia – ICB/UFMG e Graduanda do
curso de Psicologia/ FUMEC
Dra. Sandra Lauton Santos (sandralauton@gmail.com) – Professora Associada II de
Biofísica do Departamento de Fisiologia da Universidade Federal de Sergipe,
Docente do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde e do Programa de Pós-
Graduação em Ciências Fisiológicas
Há cerca de 2 anos o mundo convive com a pandemia causada pelo Coronavírus (SARS CoV-2) que provoca a Síndrome Respiratória Aguda Grave 2 (SRAG), e mesmo quem não vivenciou a doença a experienciou, pois acompanhou alguém próximo que tenha sido acometido. Apesar do sistema respiratório ser aparelho mais afetado, pelo menos inicialmente, o reflexo da doença reverbera por todo o organismo, e os estudos têm mostrado o comprometimento da saúde mental.
O impacto psicológico da COVID-19 afeta a todos, porém alguns grupos (idosos, crianças, mulheres, pessoas com transtornos mentais preexistentes, profissionais de saúde da linha de frente e grupos com dificuldades socioeconômicas) são mais vulneráveis. Estudos que buscam compreender a relação entre a COVID-19 e os desfechos psiquiátricos identificaram concentrações aumentadas de citocinas pró-inflamatórias em infectados, e essas alterações podem prejudicar as interações entre os sistemas imunológico, nervoso e endócrino, provocando, em nível central, os problemas psiquiátricos. Além dessas desregulações do organismo, outros fatores como o isolamento social, o medo da infecção ou de ser reinfectado, o terror causado por fake news, os efeitos adversos dos tratamentos e a instabilidade financeira têm refletido na saúde mental da população. O aumento do estresse, a memória prejudicada, os sintomas de depressão, a ansiedade e os distúrbios do sono são apontados como mais frequentes.
Para minimizar os impactos psicológicos da pandemia algumas alterações comportamentais vêm sendo propostas pelos profissionais ligados à saúde, aumento da interação social pelo uso de mídias, dormir bem, exercitar-se com frequência, equilibrar a dieta, ter rotina diária regular e fazer meditação. Outro benefício conhecido para a saúde mental é o convívio com animais de estimação, tanto que tem sido verificado crescente busca, em diversos grupos de pessoas, por esses animais. A British Small Animal Veterinary Association (BSAVA), define como animal de estimação, aqueles de companhia, doméstico ou capturado na natureza, que vive permanentemente em uma comunidade e mantido por pessoas para companhia, diversão, trabalho (apoio a cegos ou surdos, cães policiais ou militares) ou ainda apoio psicológico – incluindo, mas não limitado a cães, gatos, cavalos, coelhos, furões, porquinhos-da-índia, répteis, pássaros e peixes ornamentais. Aqui no Brasil, uma pesquisa nacional realizada pela COMAC (Comissão de Animais de Companhia) e SINDAN (Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal) registrou que durante a pandemia houve um aumento de 30% na aquisição de pets (0 a 1 ano) e identificou ainda que, dentre esses pets adquiridos, a maioria dos gatos e dos cães foram adotados.
Diversas pesquisas que investigaram o impacto das restrições, do isolamento social e das incertezas relacionadas à pandemia do COVID-19 e os benefícios trazidos pelo convívio com os animais de estimação apontaram grande contribuição para superação dos transtornos do confinamento, maior conforto durante experiências traumáticas, melhor estabelecimento de vínculo emocional, diminuição da ansiedade, melhora na saúde mental, emocional e física das pessoas. As pesquisas evidenciaram ainda que a relação diária com os animais de estimação ajudou no combate de problemas psiquiátricos e a suportar o luto e a solidão, como também, oferecer distração e gerar liberação de hormônios como a serotonina,endorfina e oxitocina, provocando sensações de prazer, bem-estar, alegria e amor. Diante das grandes contribuições trazidas pela convivência diária com esses amiguinhos especiais, para reduzir os impactos negativos da pandemia na saúde mental das pessoas, convidamos todos à reflexão para uma adoção responsável desses animais e assim evitar o abandono desses seres tão vulneráveis e necessitados de carinho e cuidado, assim como nós.
Marta Maria Soares de Freitas Almeida (marta.strela@hotmail.com) – Médica
Veterinária e Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Éverton Almeida Pereira (evertonap@hotmail.com) – Médico Veterinário e Mestrando do
Programa de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas
Dr. Ricardo Amaral (ricardoamaral23@hotmail.com) – Pós-Doutorando do Programa de
Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas
Dra. Andréia Laura Prates Rodrigues (andreialprodrigues@gmail.com) – Pesquisadora
voluntária no Departamento de Bioquímica e Imunologia – ICB/UFMG e Graduanda do
curso de Psicologia/ FUMEC
Dra. Sandra Lauton Santos (sandralauton@gmail.com) – Professora Associada II de
Biofísica do Departamento de Fisiologia da Universidade Federal de Sergipe,
Docente do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde e do Programa de Pós-
Graduação em Ciências Fisiológicas
COLUNA CIÊNCIA E SAÚDE – PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM
CIÊNCIAS DA SAÚDE – COLUNA 142
Editor: Prof. Dr. Ricardo Queiroz Gurgel
Coordenadora PPGCS: Prof. Dra. Tatiana Rodrigues de Moura