A Câmara Municipal de Aracaju recebeu na tarde desta segunda-feira, 12, durante Audiência Pública remota, a secretária Municipal de Saúde da capital, Waneska Barboza, que apresentou para os vereadores o balanço anual da gestão durante 2020. Na oportunidade, foram apresentados os indicadores de mortalidade, as ações implementadas, impacto da pandemia e dados de vacinação durante o período.
Marcaram presença na reunião os vereadores Emília Côrrea (Patriotas), Professora Ângela (PT), Linda Brasil (PSOL), Professor Bittencourt (PCdoB), Vinicius Porto (PDT), Isac Silveira (PDT), Sargento Byron (Republicano), Fabiano Oliveira (PP), Sheyla Galba (Cidadania), Joaquim do Janelinha (PROS), Paquito de Todos (Solidariedade), Soneca (PSD), Ricardo Marques (Cidadania), Breno Garibalde (DEM), Anderson de Tuca (PDT), Binho (PMN), Fábio Meireles (PSC), Eduardo Lima (Republicanos) e Ricardo Vasconcelos (Rede).
Após apresentar todos os indicadores e o impacto da pandemia sobre o município de Aracaju, a secretária destacou. “Durante este ano implantamos fibra ótica nas unidades de saúde, castra móvel implantado, equipe do consultório na rua, aquisição de equipamentos, hospital de campanha, marcação de atendimento remota, projeto Aracaju pela Vida, foram algumas das ações implementadas”, disse Waneska Barboza.
Antes de responder os questionamentos dos parlamentares, a gestora destacou o atendimento do Hospital de Campanha. “Durante o período de funcionamento, o Hospital de Campanha atendeu 458 pessoas, desafogando os Hospitais e unidades de saúde. Já vacinamos 13,53% da população, totalizando 89.967 vacinado. Aracaju recebeu 55 milhões para combate à Covid e já foram utilizados 31 milhões”, destacou a gestora.
Vereadores
Isac Silveira questionou sobre a reabertura do hospital de campanha. “Estamos com o Hospital Fernando Franco e Nestor Piva, que são de média e baixa complexidade, lotados de pacientes infectados com a Covid-19. Já não está na hora de pensar em reabrir o Hospital de Campanha para combater a pandemia”.
Anderson de Tuca parabenizou a organização da vacinação na cidade. “Vi que em Aracaju está aplicando vacinas com organização, sendo referência para outras cidades. Quero saber sobre o Testa Aju, se a população possa ser avisando com no mínimo 24h, além de limitar a quantidade de pessoas para evitar aglomeração. Queremos saber também sobre a quantidade de oxigênio nas duas UPAs e se a Prefeitura está colaborando com atendimento psicossocial as pessoas que perderam seus entes queridos”.
Linda Brasil usou sem tempo para fazer perguntas pertinentes referente ao combate à Covid-19. “Saiu uma reportagem que não só a vacina é necessária, mais sim as ações associadas ao distanciamento social. Também precisamos saber sobre o estoque de medicamentos e insumos para o combate ao coronavirus, se existe a separação por idade, raça, gênero e classe social nos dados apresentados da covid”.
Emília Côrrea questiona sobre as testagens. “Precisamos saber sobre as testagens, sobre os cuidados que estão tendo no aeroporto de Aracaju e porque não são ampliados para os terminais de ônibus. Sabemos que leitos de UTIs são obrigações do estado, mas vi que em estado de calamidade municípios podem contribuir, porque Aracaju não faz? No portal da transparência não está atualizado com constância”, relatou.
Professor Bittencourt afirmou que a Secretaria está com a determinação de acertar. “Em relação ao TestAju, qual a porcentagem de testagens positivas? Sou professor e tenho sido questionado sobre os professores no grupo prioritário, tem previsão desta inclusão? Se caso Aracaju tivesse quantidade de vacina suficiente para vacinação de toda população, em quanto tempo seria feito?”.
Ricardo Vasconcelos mostrou preocupação com a falta de vacina para a segunda dose. “O Butantã anunciou que está faltando insumos e com isso corremos o risco de faltar vacina para a segunda dose, já que a Prefeitura liberou as vacinas de segunda dose para serem aplicadas na primeira, para não ficarem estocadas. Quero saber também sobre os procedimentos no Cemar, se ainda existe demora”.
A vereadora Ângela Melo perguntou sobre o consórcio dos municípios. “Na minha visão, a vida humana não é uma prioridade no Governo Federal, queremos saber como anda as ações do consórcio dos municípios e sobre o andamento do Renda Básica em Aracaju”. Já o vereador Fábio Meireles destacou que o trabalho da secretária Waneska Barboza.
Ricardo Marques solicitou o valor geral enviado pelo Governo Federal no combate a pandemia. “Qual o valor real encaminhado pelo Governo Federal para o combate à Covid. Caso seja necessário, onde seria instalado o Hospital de Campanha e qual o valor que ele custaria para a Prefeitura, já que o hospital do ano passado custou aproximadamente quatro milhões”.
O vereador Vinicius Porto destacou Waneska Barboza como a melhor secretária de saúde do Brasil. “Aracaju possui 664 mil habitantes e a Prefeitura já vacinou 13,53% de toda a população, sendo que neste primeiro momento serão vacinados apenas a população acima de 18 anos. Então nosso percentual é maior”
Sheyla Galba questionou sobre a distribuição dos EPIs para os profissionais. “Como anda a distribuição de EPIs para os agentes comunitários de saúde e demais profissionais e se existe falta destes equipamentos para os profissionais”.
Fabiano Oliveira comentou do trabalho humano da gestora. “Nada melhor que se coloca no lugar do próximo e trabalhar de forma mais humana e vejo que a secretária tem feito, de não se furtar de esta na linha de frente do combate a pandemia. Hoje a população clama pelo hospital de campanha que foi tão criticado lá no passado”.
Binho levantou a bandeira dos vigilantes sergipanos e dos policiais penais. “Quando os policiais penais me informaram que não estavam contemplados na vacinação, liguei direto para o secretário que me informou que eles estariam na quarta fase. Existem mais de cinco mil vigilantes filiados no sindicato e quero saber se eles também serão contemplados com a vacinação”.
Créditos: Danilo Cardoso – Equipe CMA
Foto: Reprodução/CMA