Considerada a maior campanha antiestigma do mundo, Setembro Amarelo destaca em 2024 o tema: “Se precisar, peça ajuda”. O objetivo é intensificar a luta pela vida e conscientizar a população de que os cuidados com a saúde mental devem ser uma preocupação de todos. Aprovada na Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe (Alese), a Lei nº 8.253/2017 inclui a campanha no Calendário Oficial de Eventos do Estado de Sergipe visando a realização de palestras e debates sob o ponto de vista social e educacional, estimulando o desenvolvimento de ações, programas e projetos na área da educação e prevenção ao suicídio, cujo Dia Mundial de Combate é celebrado nesta terça-feira, 10.
Os cuidados para evitar que as pessoas tirem a própria vida devem ser diários, mas é no período de 8 a 14 de setembro, que o assunto ganha mais notoriedade.
Para a deputada Lidiane Lucena (Republicanos), Setembro Amarelo é mais que uma campanha. “É um estímulo para que todos nós possamos compreender a gravidade de não cuidarmos da nossa saúde mental ou de não estarmos atentos às pessoas que estão a nossa volta. Como médica e deputada estadual, vejo diariamente o impacto da saúde mental na vida das pessoas. No Brasil, o suicídio é uma das principais causas de morte entre jovens. Por isso, é crucial que busquemos entender e apoiar aqueles que lutam contra a depressão, síndrome do pânico e crises de ansiedade”, afirma lembrando que essas condições não são sinais de fraqueza, mas de um desequilíbrio químico que precisa de atenção e tratamento adequado, seja Psicoterapia, medicação ou terapia alternativas.
A parlamentar acrescentou que não basta que as pessoas sejam solidárias. “Precisamos promover um ambiente de apoio e cuidado durante todo o ano e isso inclui evitar o ódio, especialmente na internet, que pode ser um espaço tão tóxico. O importante é buscar ajuda, cuidar de quem ama e cuidar de você mesmo”, entende Lidiane Lucena.
De acordo com a deputada Maisa Mitidieri (PSD), o Boletim Epidemiológico 2024 aponta que 70,3% das tentativas de tirar a própria vida são feitas por mulheres.
“Outro dado é que 60% das pessoas que tiram a própria vida nunca receberam acompanhamento profissional. Seja no Brasil ou no mundo, a quantidade de pessoas que tentam tirar a própria vida é alarmante. Os números mostram que mais de 700 mil pessoas tiram a própria vida por ano. Muitos desses casos ocorrem devido à falta de cuidado com a saúde mental e tratamento psicológico ou psiquiátrico. Se a pessoa está passando por situações difíceis e está tendo pensamentos que podem te ferir, procure ajuda de um profissional”, alerta.
A deputada Carminha Paiva (Republicanos) afirmou que o cuidado com a saúde mental é tão importante quanto o cuidado com a saúde física e deve ser praticado diariamente.
“Celebramos a campanha Setembro Amarelo, que tem o objetivo de ressaltar a importância e a valorização da vida. Sempre que necessário, devemos buscar ajuda, procurando os serviços especializados a exemplo dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), que funcionam como porta aberta todos os dias da semana; além de ser possível ligar para o Centro de Valorização da Vida (CVV), através do nº 188 e falar com um profissional da área que estará capacitado para atender”, observa.
Por Aldaci de Souza, da Agência ALESE
Foto: Joel Luiz/Alese