Roberto Silva afirma que “o governo precisa sinalizar para o diálogo, caso contrário nós vamos ter luta”
“A suspensão da paralisação é uma sinalização dos professores de que querem efetivamente negociar, querem ser valorizados. Agora, se o governo não quiser valorizar a gente, isso dificulta a relação”. O desabafo foi feito pelo presidente do Sindicato dos Profissionais de Educação do Estado de Sergipe, Roberto Silva. A categoria aprovou paralisação por quatr dias e parou apenas dois, terça e quarta-feira.
O dirigente sindical achou estranho o processo de negociação do governo com outras categorias, que foi avaliado pelos sindicatos como bom e no caso do magistério não foi bom, mas “tivemos uma negociação horrível’”
Ele destacou que as professores e professoras da rede estadual querem o restabelecimento da carreira e “o governo precisa sinalizar por aí, caso contrário nós vamos ter luta. Na próxima semana – dias 09 e 10 – , a categoria realiza uma nova paralisação quando “nós acompanharemos o projeto na Alese e caso o governo insista em desvalorizar os professores, a luta vai continuar e com a possibilidade inclusive de novas paralisações pela frente”.
A posição do governador Fábio Mitidieri de não mais negociar induz o professorado a entender que será preciso “fazer o que sabemos fazer, que é fazer luta, dialogar com a população, mostrar o que é o que significa esses 2,5% e o que de fato interessa aos professores “
Na Carta Compromisso com o Magistério Sergipano, assinada já no segundo turno das eleições de 2022, o governador Fábio Mitidieri assume o compromisso com os professores da retomada da carreira, e não é isso que está ocorrendo, segundo o Sintese. “Se o governador mantiver essa mesma política do governo Belivaldo Chagas, isso não interessa ao magistério. Ele assumiu o compromisso de negociação da carreira. É isso que estamos cobrando”, concluiu.