Por Silvio Santos – Silvio Santos – Dirigente do PT Sergipe, Ex Vice-Prefeito de Aracaju, graduado em Comunicação Social – Jornalismo, pós graduado em Ciência Política.
A psicologia define o medo como um “estado emocional que se expressa no individuo perante uma situação de ameaça inesperada”. Uma das formas que muitos costumam usar quando não se sentem suficientemente fortes para enfrentar determinada situação e vem o medo, é a fuga da realidade. Trata-se de uma fuga psicológica que nada mais é do que usar de alguns recursos para tergiversar os fatos, desvirtuar a verdade para assim se desconectar daquela situação que deseja evitar.
Ao que parece, a paúra bateu forte nas hostes palacianas. E o mecanismo encontrado para encarar o fato tem sido simbolizado pelo esforço que fazem vozes e penas serem utilizadas para tentar criar um ambiente de instabilidade na construção da candidatura de Rogério Carvalho pelo Partido dos Trabalhadores e partidos aliados, ao governo de Sergipe para as eleições próximas. Tentativa vã, diga-se de passagem.
Semanalmente lemos e ou ouvimos notinhas baseadas em fontes obscuras dando conta de uma negociação nacional para a possível retirada da candidatura petista do pleito desse ano em favor do malfadado “bloco governista”. Tese inverossímil para quem se dispõe a analisar os cenários colocados. Olhem as pesquisas, qualquer uma, e vejam quem mais precisa de quem: Lula dos governistas? ou os governistas de Lula? Mais: porque diabos Lula abriria mão de um palanque amplo de partidos que lhe apoiam aqui e no resto do país, por um palanque cheio de bolsonaristas, ciristas, oportunistas e outras anomalias? Até os que escrevem as tais notinhas o fazem por outras razões, mas estão calvos de saber que se trata de uma artimanha useira e vezeira nas campanhas eleitorais nativas.
O fato é que a política, assim como a vida, não perdoa erro e nossos adversários de hoje erraram feio quando acharam que com a morte de Déda o PT sergipano também fora enterrado e a partir daí, continuaram usando a grife da estrela nas campanhas eleitorais, a memória de Déda nos palanques, mas passada cada eleição o PT era negligenciado e secundarizado. Continuaram errando quando pensaram que com o golpe em Dilma e a prisão arbitrária de Lula pela criminosa Lava-Jato, o PT tinha acabado. Não se acaba um partido que não tem dono, que foi construído pela base e que está enraizado na sociedade através da participação social efetiva. Parafraseando o próprio Lula, o PT é mais que um partido, é uma ideia, e é impossível acabar com as ideias.
“Não tenhais medo daqueles que matam o corpo, mas não podem matar a alma!”
(Mateus, 10, 28)
Estamos de volta com a coragem de sempre e a força do povo que exige mudanças. Estamos mais firmes e conscientes que nunca da necessidade de enfrentarmos e derrotarmos o fascismo que mata e leva milhões de brasileiros a miséria e a inércia que paralisa nosso desenvolvimento, desemprega e empobrece os sergipanos.
Chamo a atenção dos menos avisados que são atingidos por essas “notas” contra a candidatura de Rogério, que elas, na verdade, revelam o medo que nossos adversários têm de enfrenta-lo no debate das ideias, no coração do povo e nas urnas. Consequentemente reconhecem nele um candidato forte e competitivo.
Dito isso, afirmo que não temos tempo a perder com notinhas fakes. Nossa responsabilidade com o futuro de Sergipe e com a melhoria da qualidade de vida do nosso povo é muito maior que os dramas psicológicos dos nossos concorrentes. Aliás, peço licença ao velho e genial poeta Chico Buarque para sugerir um “bom conselho que lhes dou de graça, inútil mentir que a dor não passa”. Se acostumem com a realidade de Lula, Rogério e o povo juntos, na mesma caminhada, na mesma esperança, no mesmo e único palanque.
Silvio Santos – Dirigente do PT Sergipe, Ex Vice-Prefeito de Aracaju, graduado em Comunicação Social – Jornalismo, pós graduado em Ciência Política.